terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Por que será que ando tão irritado? De onde vem tamanho desânimo?

A expressão artística é um caminho saudável para entrar em contato com suas emoções. Por Maria Helena Pugliesi
Por que será que ando tão irritado? De onde vem tamanho desânimo? Onde foram parar a paciência e a compreensão que eu tinha quando era mais jovem? Saiba que respostas para essas inquietações podem surgir durante sessões de aquarela, de cerâmica ou de marcenaria, entre outras práticas manuais. Pelo menos é o que apregoa a arteterapia, uma ciência que tem raízes nos argumentos sólidos dos mestres da psicanálise Freud e Jung, bem como de Rudolf Steiner, fundador da Antroposofia, e Von Ehrenfels, filósofo vienense precursor da psicologia da gestalt. Todos eles, já no final do século 19 e início do 20 enfatizavam a importância da expressão artística como um caminho saudável para o individuo tomar contato com suas emoções, dificuldades e limitações. “A arteterapia trabalha e transforma nosso estado de espírito de maneira consciente e ativa. Ela possibilita também a descoberta de novas habilidades e capacidades, bem como o desenvolvimento da sensibilidade e de um pensar mais claro, de forma a poder ter uma relação harmoniosa consigo e com o mundo”, explica Dulcinéia Pimentel de Oliveira Montico, coordenadora de arteterapia antroposófica do Espaço Sofia, em São Paulo. A escolha do material a ser trabalhado geralmente é feita pelo arteterapeuta, que, após avaliar as necessidades e queixas da pessoa, propõe exercícios e atividades especificas que possam ter uma atuação mais fecunda para as situações apresentadas. “Embora exista um consenso na resposta de vários materiais, é fundamental saber que se trata de relações particulares e únicas, onde cada um se expressará à sua maneira frente as cores, formas e texturas”, lembra a doutora em arte Tatiana Fecchio C. Gonçalves, responsável pelo Curso de Especialização em Arteterapia da Universidade São Marcos. Hoje, muitas escolas de arte incorporaram em seu quadro de professores profissionais com formação em arteterapia, justamente para desenvolver um trabalho mais alinhado com fundamentos da psicologia ou da antroposofia. No entanto, nada impede de praticar essas técnicas em ateliês. “Tenho alunos que vêm aqui por recomendação de seu terapeuta. Modelar a argila ajuda, entre outras coisas, a lidar com a ansiedade e perdas. Afinal, aquela peça que demorou um tempão para ser feita pode não corresponder às expectativas depois de queimada”, arremata a ceramista Nil Rocha, que mantém ateliê nas cidades de Souzas e Campinas, interior de São Paulo. Outra atividade que tem chamado a atenção de quem procura desestressar é a marcenaria. “O trabalho de serrar, lixar, cavoucar a madeira ajuda a lidar com questões sociais. A marcenaria nos permite treinar capacidades anímicas, como a flexibilidade e a paciência, fundamentais no trato com as pessoas”, constata a terapeuta social antroposófica Bettina Irene Happ Dietrich. O professor e marceneiro Piero Calò, que mantém um curso livre de marcenaria na escola Cose di Legno, em São Paulo, enfatiza também o lado lúdico do oficio: “Tenho alunos que há 14 anos freqüentam minhas aulas só para espairecer. São diretores de empresa que buscam um ambiente mais informal, bem diferente do seu dia-a-dia”. Na realidade, qualquer atividade feita com prazer gera resultados intelectuais e comportamentais positivos. “Por isso, nenhum desses cursos têm contra-indicação. No entanto, quando se trata de problemas mais sérios, em que o indivíduo tem grandes questionamentos, o trabalho deve ser necessariamente acompanhado por arteterapeuta. Não se pode esquecer que a arte é um canal aberto para as emoções e, em casos clínicos graves, lidar com essa manifestação pode agravar o quadro, em vez de melhorá-lo”, diz Maria Alice do Val Barcellos, professora de arteterapia do curso profissionalizante do Instituo Sedes Sapientiae.
Desenho: o traço gráfico, seja feito com giz, lápis, carvão, nanquim, caneta ou grafite, impõe na superfície (papel, parede, etc…) uma linha, cria um limiar entre seus lados, enfim, trabalha com um limite. No entanto, a textura, espessura, ritmo e duração do traço dinamiza a criação. Prática interessante para quem sente dificuldade em impor limites para si e para com os outros.
Pintura: a técnica apresenta desafios, como o preparo das tintas e seu manuseio com os pincéis, a ocupação dos planos a serem preenchidos, bem como as passagens de cores e contrastes. Para obter resultado, mente e corpo devem necessariamente trabalhar juntos. Exercício valoroso para aqueles que precisam lidar no dia-a-dia com decisões rápidas.
Cerâmica: a lida com argila e outras massas de modelar oferece um universo rico em simbologia. A maleabilidade do material remete a importância da flexibilidade na vida. Há ainda a questão da temperatura da massa: sempre fria a princípio, mas que se aquece com o calor das mãos. A queima das peças também ensina a conviver com a expectativa do desconhecido e a aceitar fatos que independem de nossa vontade.
Colagem: a atividade é considerada pelos arteterapeutas como uma importante possibilidade mobilizadora de conteúdos internos. Agregar partes separadas, reorganizar pedaços desconexos, rearranjar os fragmentos (recortes de papel, sementes, cacos de vidro, etc…) estimula a criatividade e alerta para novas possibilidades.
Marionete e fantoche: a construção de personagens é uma ferramenta importante para o autoconhecimento. Trejeitos, posturas e outras características do boneco idealizado pode ajudar seu criador a entrar em contato com aspectos muitas vezes pouco conhecidos de sua personalidade. A atividade feita em grupo propicia horas divertidas e reveladoras.
Marcenaria: cada um dos passos deste artesanato está imbuído de aspectos importantes para nosso comportamento. Ao serrar, por exemplo, lidamos com a retidão; já ao limar, aguçamos nossa fluidez, uma vez que é preciso trabalhar com as duas mãos ao mesmo tempo. Tudo isso requer paciência e respeito às etapas do trabalho.
Fonte: http://bonsfluidos.abril.uol.com.br/livre/edicoes/0118/14/01.shtml

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

ARTETERAPIA COM TERCEIRA IDADE

ARTETERAPIA COM TERCEIRA IDADE
Bragança Paulista

Em uma sociedade imediatista e altamente informatizada, pessoas ditas pertencentes a terceira idade já não possuem um local de destaque ou de funcionalidade seja na comunidade ou em relacionamentos familiares sendo marginalizadas e colocadas em situação de desprezo por uma camada consumista onde o emocional é sempre colocado em último plano.Graças que isso vem mudando, com novas idéias e atitudes. A necessidade de se sentir útil faz com que grupos procurem de alguma forma, alternativas para se manterem inseridos nessa sociedade e é a partir desse conceito que nos deparamos com a alta eficácia da alternativa arteterapeutica.

Por Henrilene Acedo

Partindo do pressuposto que a arteterapia tem como meta melhorar as condições de vida das pessoas, utilizamos situações de desconforto, crises e medos para “juntarmos os cacos”, literalmente para, a partir de experiências desagradáveis, alcançarmos transformações pessoais. Essas transformações podem ser comportamentais e emocionais produzindo assim reflexos positivos em situações onde existam patologias clínicas ( auto-estima, depressão, stress, síndrome do pânico, Alzheimer, hipertensão, mal de Parkinson, AVC, dependência química...), proporcionando a busca e identificação de outro foco como objetivo de vida. A busca incessante pela melhoria da auto-estima nos remete ao fator amor próprio, onde aprendemos que “Hoje é o primeiro dia do resto de nossas vidas”, lema este criado e adotado pelos clientes, nos trabalhos desenvolvidos no Ateliê. A possibilidade de criar é uma grande condutora na busca do sagrado encontro com o Si - Mesmo. E esse encontro, ainda que não seja fácil, é fundamental. Esperamos de um processo terapêutico algo que se aproxime da promoção e manutenção da SAÚDE. Através da arteterapia descobrimos que nossos “monstros” têm os aspectos que lhe demos, e, afinal, podemos não matá-los, mas, o que é melhor: fazê-los mais coloridos e menos assustadores

“Arte é a expressão mais pura que há para demonstração do inconsciente de cada um. É a liberdade de expressão, é sensibilidade, criatividade, é vida”. JUNG

ATELIÊ ARTE BRASIL Henrilene Acedo Arteterapeuta/Psicopedagoga/Artista Plástica Travessa da República,20 - centro – Bragança Paulista WWW.atelieartebrasil.hotmail.com WWW,.atelieartebrasil.blogspot.com 4032-5135 / 9980-5884 / 9463-3652

Texto publicado :pioneironotícias.com.br

No processo de envelhecimento, o principal foco é fazer com que o idoso se RECONHEÇA, pois o idoso já se conhece, ele conhece os seus comportamentos, sua personalidade, basta relembrar. No entanto, muitas vezes, ele se conhece pelo outro, como o outro o vê, “você é assim”. Será que eu sou assim? A Arteterapia oferece a oportunidade do idoso recomeçar a si ver, de perceber como a sociedade o vê, de posicionar-se não como um incluído na sociedade, mas como um cidadão permanente numa sociedade que ele não saiu, como um tesouro de sabedoria que enriquece aqueles que o cercam.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Mãe e Pai do Coração

"As almas ligadas pelos laços da afeição sempre se encontram para uma jornada de crescimento no amor."
"Não são os laços físicos que determinam a afeição entre as almas."
Mãe do Coração
Esta criança esteve escondida no teu pensamento, noite após noite, por anos a fio, guardada na tua retina sem que nunca a tivesses visto. Esta criança bendita, que foi escolhida por Deus e por ti, para compartilhar de tua vida, nunca sofrerá, ficará triste ou chorará por desamor ou abandono, pois existe alguém especial, um anjo, que o destino colocou em seu caminho para lhe suprir as carências, lhe amar, dar carinho. Ela foi abençoada. Não foi gerada por ti, não foi esperada por nove meses, não veio de dentro de tuas entranhas, mas veio de algo muito maior: um amor enorme que tinhas para compartilhar com ela e com o mundo. Não o adotaste simplesmente; ele é teu filho – filho do imenso carinho que tens para dar, da tua capacidade de doação, da abnegação, do desejo sofrido e ao mesmo tempo esperançoso que tiveste de um dia cuidar e de ouvir alguém te chamando de “mãe”. Será filho de noites em claro, de preocupações, de alegrias, de dias de chuva, de dias de sol. Será filho de tristezas, de sonhos, de esperanças e de dedicação, pois tens por ele o mesmo carinho que terias por um filho do teu sangue. Esta criança veio de onde quer que seja, predestinada para ti. Apenas nasceu de outra mãe, pois nada acontece por acaso, mas o destino dela eram os teus braços e teu desvelo. Ela foi gerada dentro do teu coração porque, provavelmente, merecia uma mãe tão especial quanto tu!
(desconheço a autoria)
Dedico a todas as mães e pais do coração,a alegria que estamos sentindo hoje.Dia em que recebemos a sentença da juiza julgando procedente nossa ação de adoção.
É uma alegria sem tamanho!
Te amamos filho!
Papai e mamãe.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Atendimento hospitalar

Tenho atendido há algum tempo crianças,portadores de necessidades especiais,idosos hospitalizados.
A arte terapia tem sido o instrumento para tal atendimento,e os resultados são excelentes.
A arte terapia, meio de expressão e criação, restabelece uma maneira natural de comunicação com as outras pessoas; através dela amplia-se o conhecimento sobre o mundo e se desenvolve emocional e socialmente, motivo pelo qual não deve faltar na vida de qualquer pessoa, especialmente daquelas hospitalizadas.
Helita, minha cliente da foto esteve internada por algum tempo e segundo a família as sessões de arte terapia eram esperadas por ela com alegria.
Cada vez que chegava ao hospital,por mais que estivesse estressada com todos os procedimentos necessários,não abria mão de desenhar.
Hoje ,ela se encontra ainda em recuperação.Agora já em casa,mas ainda sem poder se levantar da cama.
Dois meses e continuamos criando todas as possibilidades para que ela possa se expressar,aliviar seu stress.
Nesta foto tirada ontem,ela pintava um quadro todo azul.Ao final me disse:
-Esse quadro vai se chamar Nuvem!
E completou:-Se eu pudesse ia voar como a nuvem!
Estou cansada de ficar nesta cama!
Pode até parecer uma fala comum para quem está deitada a tanto tempo.
Não para Helita que dificilmente expressa verbalmente seus sentimentos e vontade.
Não reclama de dor em momento algum,o que dificulta muito saber se algo está errado com ela.
Dai a importância do comentário após o término do quadro.
Uma ótima forma de trabalho com ela é recorte e colagem.
Sempre que faz seus recortes podemos descobrir várias coisas que ela quer,senti.
O que deixa de falar,mostra nas imagens.

Arteterapia em Hospitais

A Arteterapia hospitalar visa:

. Resgatar o desejo de cura, auto regeneração;

. Fornecer ao paciente meios para catarse (liberação de sentimentos de raiva e revolta por estar doente);

. Desenvolver formas criativas de se lidar com a doença e diminuir o stress;

. Fazer o paciente rir. O riso é terapêutico

Fonte:http://www.marlytocantins.com.br

A arte terapia pode ser uma estratégia válida na intermediação com a criança hospitalizada, pois quando a criança doente se engaja em fazer arte, esta se sente produtiva, fica mais comunicativa, expressa seus sentimentos e vivencia a experiência com menos trauma e maior participação em seu processo de cura.

Participar no trabalho criativo com um acompanhamento psicológico e direcionado para o processo terapêutico, auxilia na aceitação de procedimentos, na vinculação com a equipe médica, na compreensão de suas limitações e na mobilização para sua melhora.